LIVROS PUBLICADOS

capa do livro
Vestido lilás e outras histórias
Luandro

"Vestido lilás e outras histórias" é a prova de que “viver é experimentar incertezas e expor-se emocionalmente”. Creio que assim falou Brené Brown. Somos, sem dúvida, seres vulneráveis. Dizem, entretanto, que essa condição não é exatamente uma fraqueza, mas uma condição para viver a vida com coragem. Convido todos a lerem alguns fragmentos retirados dessa vida que tentei e ainda tento viver. São trechos marcantes com os quais tentei “desarmar” as minhas lembranças, mesclando passado e presente. Há trechos, entretanto, que permanecem na penumbra. Parece que os “apaguei” por tanto sofrimento. Durante uma vida cheia de quedas, a todo custo queria fazer o melhor. Não ser fraca, sem, no entanto, dizer que era forte. Todos me viam assim. Não era verdade. Sorrir tem tantos e amplos significados. Eu não soube lidar com os dois lados dessa moeda mágica, chamada de emoção. Para não ser mais vulnerável, distanciei-me de experiências pessoais que dariam real significado à minha vida. Eu nunca tive vergonha de errar. Durante os anos, colhi exemplos de que era uma profissional de elevado preparo. Tudo pronto. Tudo na hora... Mas, tentando fazer o melhor, tive medo de dizer àqueles a quem tanto amava que precisava de um abraço e de um gesto de carinho. Lágrimas não comovem ninguém. É preciso saber partilhar os fracassos, ainda que quem nos cerca não queira. O importante é não acreditarem que somos capazes de resolver tudo. Não somos, principalmente porque somos apenas pessoas. Hoje, sem mágoas, aprendi que quanto mais me disseram, em criança, que eu era ninguém, mais coragem eu tive para ir em frente, mesmo depois do fundo do poço. Luandro

capa do livro
Jaceguai, 27
Leila Affonso e Jorge Fernando Santos

"...Um endereço igualmente importante, mas até agora pouco lembrado, é o da Rua Jaceguai, 27, próximo à Praça Varnhagen, no tradicional bairro da Tijuca. Ali existiu uma casa de dois andares, alugada ao psiquiatra Aluizio Augusto Porto Carreiro de Miranda, em 1961. Ex-violonista profissional, ele realizava rodas musicais com gente da velha guarda, como Bororó, Donga e Nássara, que era também um grande cartunista. Em 1966, suas filhas adolescentes passaram a convidar os amigos e colegas de colégio. Pouco a pouco, os saraus foram atraindo cada vez mais jovens e a casa acabou se tornando berço do MAU (Movimento Artístico Universitário), que daria projeção a nomes importantes da canção brasileira, como Aldir Blanc, Eduardo Lages, Gonzaguinha, Ivan Lins, Marcio Proença e muitos outros. Mesmo com a importância histórica reconhecida, a antiga construção seria demolida em 2014, para dar lugar a um edifício de apartamentos. Mas a memória dos frequentadores resiste no tempo. Bom que se diga que a turma da Tijuca integrante do grupo de rock Sputniks – formado por Tim Maia, Wellington Oliveira, Erasmo e Roberto Carlos – nunca cruzou com o pessoal que frequentava a velha casa. O gosto musical dos dois grupos era bem diferente. Uma personagem ativa nos saraus da Jaceguai foi Leila Affonso, que guardou um grande acervo daquela época e sempre sonhou publicar suas memórias. Depois de lançar a biografia Vandré – O homem que disse não, em 2015... Escrito a quatro mãos, Jaceguai, 27, revela os bastidores daqueles encontros, revisita seus personagens e resgata um importante capítulo na história da MPB". Jorge Fernando dos Santos