Pressionados por grandes reflorestadoras, agricultores tradicionais sofrem muitos prejuízos, dentre eles, a saída para a cidade grande. Esse foi o caso de Jonas. Na capital, sua vida se desdobra a partir da relação com colegas de trabalho e de sua serventia à família Faria. À medida em que vive os acontecimentos, o personagem revela seu olhar para o mundo cheio de contradições que o cerca: crianças pobres e abandonadas, delinquindo pelas ruas; o mundo abastado de seus patrões advogados; os noticiários anunciando escândalos políticos e econômicos.
Seu apartamento — herdado do tio Orlando, razoavelmente confortável — e um pequeno salário lhe garantem relativa comodidade, o que é uma excepcionalidade no seu meio. A narrativa mostra um sujeito conformado e sem qualquer consciência da condição de trabalhador explorado. A rotina de Jonas se altera quando é envolvido por uma trama trazida por pessoas que circulam ao seu redor.