Sou apenas na vida um desajeitado sonhador
A sorver dos cenários o seu mais doce licor
Então, peço a Deus que me conceda a graça
De aprender a fazer versos e espalhar nos caminhos
Espiar araucárias e seus braços franzinos
Arpejando ao vento as cantigas do Sul
As manhãs neblinadas, as safiras de abril
E quando as tardes lacrarem os dias
Nestes pagos daqui
Conceda-me asas, pra voar em suave
Nestes céus de caqui.