A mente poética de João Augusto não poderia ter encontrado uma analogia mais linda e adequada para uma vida plena, há tanto tempo vivida, do que um crepúsculo dourado, com sua beleza infinita e seu significado que nos leva sempre a um novo recomeço. Seus poemas são reflexões sobre o paradoxo da vida em sua finitude e eternidade. É como os dias que se findam, mas que nunca se acabam. Há um fim e um recomeço: o renascer. Para o autor, a velhice representa também o mesmo fenômeno. Neste processo incansável da natureza a vida vai criando emoções, pensamentos e sentimentos que os poemas de João Augusto tão bem traduzem em palavras de significado, às vezes tristes, outras, de puro êxtase. Assim, ele fala do amor, da saudade, da presença na ausência, do poder, da sabedoria, das transformações, de Deus, da alegria (a essência da vida!), da velhice, da liberdade (vida livre e feliz), de despedidas, do adeus, enfim os poemas nos levam a refletir sobre o que de fato