O que posso fazer se tudo que há em mim é poesia?
O que posso fazer se tudo que há em mim é poesia?
Sinto, penso leio, vivo,
Encanto-me (é certo), navego e rodopio.
Viajo com o passarinho pequenino que assobia brando em meus ouvidos.
Sonho embalada com o som das ondas, azuis, verdes e calmas.
Aqueleque chora e se alegra, me inspira.
Bemcomo quem grita e alveja,
Cala ou é calado.
O que ama e é um ser amado.
O que não ama (independente da trama),
O indiferente enche-me de horrores e palavras.
Palavras são sonhos?
Não, meu amigo. Palavras são sons da alma.
Desejo que não se acaba em mim, mas transformam-se em versos e me calam enfim.
Que enche o poço da solidão, que abre corações e enjaula o indiferente.
Animao doente. Ilumina a cegueira.
Não são minhas as palavras, são presentes do alto, do bem que habita em minha alma.
Do Divino que tudo vê e sente. Deus, meu mestre Onipotente.