Minha vida não é um mar de rosas, tem sido um oceano de tormentas; atravesso-a como se brinca de montanha-russa e roda gigante. Em pé, no alto da montanha, posso apreciar o panorama: algumas ilhas no meio do percurso, desertos e oásis. Sigo avante.
Errei muito, amei demais, ri e chorei, abracei e me afastei; sofri, desesperei, nas perdas me encontrei. Fui triste e feliz tantas vezes que perdi a conta. Mas cheguei até aqui, pleno, sereno e inquieto como sempre.
Meu Deus! Como valeram a pena cada dia, minutos, segundos de minha existência, outro jeito não me caberia. Me descubro satisfeito. Fiz planos que não deram certo, tive sonhos que não realizei; a maravilha é estar aberto às surpresas. Como será daqui pra frente, não sei, prossigo amando a vida, valorizando tudo para morrer aprendendo. Do alto da montanha ainda aceito convite para dançar.