Raimundo Nogueira nasceu no dia 10 de maio de 1960, no lugar denominado de Lago do Araras, então zona rural do município de Manacapuru, no Amazonas, onde viveu até os 12 anos e foi alfabetizado pela própria mãe.
Seus pais, João Pires Nogueira, já falecido, e Madalena Matos Nogueira, mudaram-se com a família para a cidade de Manacapuru em novembro de 1972, com o objetivo de assegurar os estudos dos sete filhos, dos quais Raimundo é o quinto.
Estudou as séries iniciais do antigo 1º grau na Escola Estadual Carlos Pinho, a primeira da cidade, fundada no dia 28 de janeiro de 1915. As séries finais do 1º grau e o 2º grau em magistério, concluído em 1980, cursou na Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré.
Em 1982, ingressou no magistério público estadual. Em 1990, graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Amazonas. Desde então acumula as atividade de docência e advocacia.
Por toda a década de 80 e 90 do século passado, Raimundo Nogueira teve importante atuação em movimentos sociais de inspiração na doutrina social da Igreja Católica e na leitura de autores vinculados ao pensamento de esquerda.
Além de seu engajamento na luta dos professores rurais do município de Manacapuru, que ajudou a organizar e assessorou por vários anos, Raimundo Nogueira também teve importante atuação nos movimentos de trabalhadores rurais, na luta pela preservação de lagos e em campanhas por direitos urbanos como água, luz, moradia e segurança, entre outros.
Foi nesse contexto que, entre 1981 e 1984, compôs os textos em verso que fazem parte deste livreto, “apresentados em recitais, encontros literários, reuniões políticas e oficinas de educação popular”.
